quarta-feira, 7 de setembro de 2011

      Abriu os olhos como se despertasse de um transe, e recuou novamente a cabeça, terminou por limpar o sangue que ficou com sua língua, e olhou finalmente depois de alguns minutos para vitima, que recuou a cabeça na cadeira aliviada pelo processo doloroso ter acabado finalmente, ainda pálida demais, ela fechou os olhos descansando, e não pronunciou uma palavra, o homem levantou-se com dor nas pernas, de tanto ficar ajoelhado, e sentiu-se revigorado. Sentou-se então na cadeira ao lado, e ficou a olhá-la, que não gritou nenhuma vez sequer depois de tanto sofrimento, e agora descansava, mesmo sabendo que haveria de morrer deixou-o fazer tudo sem se mexer.Finalmente ela levantou a cabeça e olhou-o cansada, pensava em falar algo mas não tinha palavras as quais dizer, então fechou os olhos por um instante e respirou fundo, levantou uma das mãos e foi abrindo os olhos bem devagar para ver o machucado, ela tinha medo do que poderia encontrar, olhou então, e estava feio, estavam dois buracos cheios de sangue, e por pouco ele não a mata.
         
        Ele olhou com certa angustia, vê-la olhando com aquela cara de espanto o machucado que ele causou. Em seguida adormeceu em sua cadeira, sentado mesmo, e a vitima, já exausta adormeceu logo em seguida, para um sono longo, e diferente dos que ela já teve um dia.










quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Primeiro Capitulo - A Prisioneira

    
    O homem com olhar negro, penetrava os olhos no sangue que corria nas veias e ficava mais rápido à medida que as emoções aumentavam. Já podia ver sua ânsia, sua força toda contida em um objetivo. Pulsava e pulsava, o coração gritando por fome. 
Ele bateu os dedos no braço da poltrona tentando conter–se, olhou-a estranhamente, fazendo-a se acalmar por um instante. 
    Ajoelhou-se ao seu lado, e para não amedronta-la novamente, passou as mãos frias por seu braço, que em instantes arrepiou-se, ela pode sentir todo o frio daquela noite de inverno, naquele toque. Ele novamente olhou-a tentando gravar seu rosto na memória, e calmamente foi trazendo seu pulso para perto, uma vez que o acariciou novamente, pode sentir seu corpo estremecer, atiçando a fome, e o desejo, ela o olhava, porém sem medo, fascinada e um pouco assustada, talvez até curiosa, para saber o que se passava naquele vale doce, que era sua mente perigosa. Ele apoiou seu braço na cadeira, e virou o pulso, podia sentir toda sua pressão arterial, aproximou seu rosto devagar do braço dela, e sentiu a essência de sua alma, recuou a cabeça novamente, com um gesto rápido de destreza afundou seus dentes afiados e pontiagudos no pulso com artérias pequenas e uma veia principal que ele escolheu para sugar melhor. Ela segurou os lábios, e se encolheu deixando-o fazer o que devia, sentia tanto medo agora que nem podia se conter, gritava mentalmente, para não gritar de tanta dor, sentia esvaziar-se, ela ficou muito pálida pela quantidade de sangue que estava perdendo, estava muito fria e ele ia esquentando por estar se alimentando com tanta voracidade, ele sugava tudo bem rapidamente, nem parava para respirar, suas veias e artérias se fortaleciam a medida que o sangue cruzava a garganta, ele fechou os olhos, e concentrou-se exatamente naquele prazer, segurava forte o braço dela, que trancou os olhos e segurou mais forte os lábios, mas não gritou a nenhum momento, ela estava ofegante demais, mas mantinha-se quieta e nervosa também tremia um pouco. Ele sentiu seu corpo dar um sinal, mas ele não queria parar, queria sugar tudo até a ultima gota mesmo já saciado.